Jesus chega ao outro lado do mar da Galiléia, mas os discípulos estão preocupados por terem se esquecido de levar pão. Jesus diz para tomarem cuidado com o fermento dos fariseus e saduceus, mas eles pensam que ele está falando de pão.
Então Ele repreende a falta de fé dos discípulos, recordando as duas vezes em que multiplicou os pães.

Pois eles tinham visto cinco pães alimentarem cinco mil homens, e sete pães alimentarem quatro mil, fora as mulheres e crianças. Portanto na matemática de Deus, menos alimenta mais. Mas o assunto aqui não é o fermento do pão, mas o ensino dos fariseus e saduceus.

Quais eram as diferenças entre saduceus e fariseus

Os fariseus eram extremamente religiosos e legalistas. O capítulo 12 do evangelho de Lucas diz que o fermento dos fariseus é a hipocrisia. Pessoas que coam mosquitos costumam engolir camelos e tentar parecer que estão de jejum. Os fariseus eram sepulcros caiados, bonitos por fora mas podres por dentro.

Os saduceus, por outro lado, eram racionais. Negavam a existência de anjos e espíritos, a imortalidade da alma e a ressurreição do corpo, além do castigo eterno. Eram os céticos da época e hoje seriam muito bem vindos nas universidades e até em alguns cursos de teologia. 

Todavia ambos eram religiosos e pregavam a obediência aos mandamentos de Deus. Onde está o problema então?

Fariseus e Saduceus – Leitura do evangelho de Mateus 16:5-12

Nos evangelhos você vai sempre encontrar exemplos de duas pessoas, coisas ou situações antagônicas representando salvos e perdidos. Do mesmo modo, nos exemplos e parábolas de Jesus, não é o bom que vai para o céu e o mau para o inferno do ponto de vista moral. Mas é o contrário.

Você encontra o fariseu e o publicado, o primeiro religioso e o segundo corrupto, no entanto é o segundo que é justificado. Tem o filho pródigo e rebelde que é justificado, e seu irmão que nunca saiu de casa que não é. Vemos também a incredulidade dos religiosos judeus, herdeiros das promessas de Deus, e a fé da mulher descendente dos cananitas, que aceita ser comparada aos cães e por fim é abençoada por Jesus.

Portanto dá para perceber um padrão. Jesus veio salvar pecadores, não pessoas boas. Fariseus e saduceus acreditavam que podemos merecer alguma coisa de Deus se agirmos corretamente. 

No livro de Romanos o apóstolo Paulo fala que Deus justifica o ímpio, não o bom. Quando você tenta fazer algo para merecer a salvação, faz de Deus seu devedor, como se dissesse: “Ok, eu fiz minha parte, agora o Senhor faça a sua”. 

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